CRONICAS

A opinião 

Este é um tema que não se esgota no tempo, infelizmente.
Desde tempos remotos que existe, escondido, fechado na clandestinidade, encerrado em bocas caladas p´la vergonha ou medo.
Felizmente que nos dias de hoje estes casos começam cada vez mais a ser denunciados. Existem várias formas de abuso sexual, pedófilia, estupro, assédio sexual e exploração sexual.

Abuso sexual é qualquer actividade sexual iniciada por uma pessoa que não obtém o consentimento da outra. 

É comum ouvirmos dizer que muitos dos que abusam sexualmente de outros nos dias de hoje, também sofreram este tipo de agressão no passado, no entanto desculpem-me a frontalidade mas isso não pode ser desculpa, nem tão pouco atenuante para quem comete um crime desta natureza. 

Geralmente a pessoa que pratica o abuso sexual conhece relativamente bem a pessoa que é abusada. Pode ser um familiar, um amigo ou uma pessoa de confiança que tem de alguma forma uma certa posição de autoridade. 

As estatísticas mostram que uma em cada quatro meninas e um em cada seis rapazes sofrem de abuso sexual antes de chegar aos dezoito anos. Milhares de pessoas sofrem silenciosamente e nunca falam sobre o que aconteceu devido a medo, vergonha e culpa (sem fundamento). 

Um(a) jovem que sofre abuso sexual transporta o resto da vida consigo este trauma, e isso vai concerteza e se não for ajudado(a) afectar vários aspectos da sua vida, quer emocional quer relacional. 

As memórias ficam é impossivel apagá-las, o abuso sexual tem efeitos terríveis. 

No dicionário "Pedofilia" é "atracção sexual mórbida do adulto pelas crianças". 

Portugal ainda não esqueceu o escândalo "Casa Pia"no entanto muitas outras "casas" existem, e são muitos os predadores que procuram os seus alvos, quantas vezes na "nossa" própria casa ou de familiares, vizinhos ou conhecidos, e eles são na grande maioria das vezes pessoas insuspeitas. 

Este adulto segundo dizem os especialistas sente um desejo compulsivo, de carácter homossexual (quando envolve meninos) ou heterossexual (quando envolve meninas), por crianças ou pré-adolescentes. 

Chamam-lhe disturbio, eu chamo-lhe "pouca vergonha", na grande maioria dos casos estes "homens" sentem-se impotentes e incapazes de obter satisfação sexual com mulheres adultas. Muitos são homens casados, mas pedófilo também pode ser uma mulher. 

As estatisticas são assutadoras, a maior parte dos abusos são cometidos no âmbito familiar, em casa, pelo pai, padrasto, primo, tio ou vizinho. 

Perversidade, um perigo que espreita(...) 

Enquanto a rapariga dançava com um dos irmãos, o outro drogou-lhe a bebida. 

Pouco depois de ela ter acabado de beber, ao sentir-se tonta e desfalecida, foi levada pelos rapazes para fora da discoteca. Simulando preocupação pela sua má disposição, levaram-na para dentro do carro..
Tomados por sentimentos perversos, como os que os levavam frequentemente a engendrar situações idênticas àquela, dirigiram-se para um barracão isolado onde costumavam encontrar-se os dois para combinar as maldades que haveriam de fazer. 

Aproveitando o estado de semi-inconsciência da rapariga e quando nus se preparavam para a violar, a porta do barracão abriu-se e ouviram instruções para que ficassem quietos onde estavam enquanto os focos das lanternas eram apontados aos seus olhos. 

Na esquadra, e já compostos, assumiram a posição de meninos bem comportados. 

Apesar de terem sido apanhados nus, com a rapariga amarrada em cima de uma mesa, nua e de pernas abertas, continuavam a desmentir que tal tivesse acontecido com eles. 

O psicólogo da polícia foi chamado e conversou com os rapazes para tentar perceber porque é que eles negavam tudo de forma tão veemente, que até punha a equipe de investigação do caso baralhada com a certeza que eles demonstravam. 

Pareciam mesmo completamente crédulos da história que contavam: - Nós não saímos com essa rapariga, só a conhecíamos de vista lá na escola.(...)
Retirado da Primeira parte do livro "Você não está doido!"
Colecção Tesouros de Bolso de Alexandra Caracol


Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, devemos ter em mente que esse número pode ser muito maior. 

Na maioria dos casos a vitima nada diz. 

Em tese define-se Abuso Sexual qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por alguém mais velho. Além da penetração vaginal ou anal na criança, tocar os seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto, o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança é Abuso Sexual. 

Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos a atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno. 

É preciso estar atento, dialogar cada vez mais com as nossas crianças, uma boa relação pai(mãe)- filho(a) é extremamente importante a fim de evitar situações desta natureza.

Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo da vingança, da vergonha, e econde o que se passa como um segredo. 

Muitas vezes este "calar" da criança é como que um incentivo para o abusador, sente-se intocável, ou pior sente "consentimento", e continua a abusar da criança ou jovem. 

As crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e temem contar sobre o incidente. Permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. 

Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas, principalmente se o abusador é alguém da família.

Os pais precisam de estar atentos

Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está a acontecer, pode não ser nada de cuidado, mas também pode ser tudo. 

Se o seu filho(a) tiver algum destes comportamentos é preciso procurar ajuda, principalmente se a criança se isolar, ou ficar perturbada quando alguém em particular está perto dela. 

O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir.


1.Interesse excessivo ou evitar falar de tudo o que diga respeito á natureza sexual;

2.Problemas com o sono ou pesadelos;
3.Depressão ou isolamento;
4.Negar-se a ir à escola,
5.Rebeldia e Delinqüência;
6.Agressividade excessiva;

7.Comportamento suicida;
8.Evitar que lhe vejam o corpo ou fazer exame físico; 


Estes podem ser alguns sintomas, mas se desconfiar de algo não hesite e procura ajuda profissional.

Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. 

De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. 

Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. 

Por isso, quase sempre o abusador consegue convencer a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças. 

Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amigo, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação, o consultório do pediatra etc, qualquer um infelizmente pode ser um "abusador". 

Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugares absolutamente seguros contra o abuso sexual infantil. 

Segundo alguns dados que conseguimos recolher, o incesto é muito frequente, os adultos conhecidos e familiares próximos são os agressores sexuais mais freqüentes e embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes. 

Muitas vezes os avanços dos abusadores começam lentamente através da sedução, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas e é nesse ponto que a criança ou jovem fica perturbada e pergunta a ela mesma como é que alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida de si e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis. Este é um trauma que pode ficar pró resto da vida. 

Reação das familias
A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra e mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se confia é necessário levar em conta a denúncia da criança. 

Por vezes aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com que as vítimas fiquem amedrontadas, incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o medo de ser recriminada, de ser punida, etc. 

Por isso, se a criança diz ter sido molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi sua culpa e acima de tudo devem procurar ajuda médica e levar a criança a um psiquiatra.

O abuso sexual em crianças e adolescentes é um fato real na nossa sociedade e é mais comum do que muita gente pensa. 

Existem algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. 

As crianças não mentem
As crianças raramente mentem acerca destas situações. 

As mais novas não compreendem o que isso significa e as mais velhas estão, normalmente, muito assustadas e envergonhadas para revelarem a situação e, muito menos, para inventarem falsos abusos. 

Se o agressor é um familiar ou amigo da vítima a situação torna-se ainda mais complicada.

PARA OS PAIS

Longe de mim querer ser o dono da razão ou melhor educador que qualquer um no entanto deixem que lhes chame a atênção para algumas coisas que os pais devem fazer cada vez mais nos dias de hoje a fim de evitar problemas no futuro. 

É importante os pais procurarem informar-se sobre o despertar da sexualidade nos seus filhos, devem saber ouvir os filhos e conversar sobre o funcionamento do corpo. 

Devem também transmitir aos seus filhos a importância da comunicação e do envolvimento afectivo e amoroso e falar abertamente sobre a sexualidade, este é o primeiro passo. 

                                                      Ensine os seus filhos a dizer NÃO 

O abuso sexual acontece sempre que a privacidade sexual de alguém é desrespeitada. 

Forçar alguém a ter relações sexuais chama-se violação. 

Mas a violação é só um dos tipos de abuso sexual. 

 O toque não desejado, as carícias, a observação, a conversação ou ser forçado a olhar para os órgãos sexuais de outra pessoa, são outras formas de abuso sexual.

Embora a maioria das pessoas que praticam o abuso sexual sejam homens, os perpetradores podem ser homens ou mulheres, mesmo os nossos amigos ou até membros da nossa família. De facto, a maior parte dos casos de abuso sexual são cometidos por amigos, conhecidos ou familiares. 

 O abuso sexual, a violação e o incesto são crimes graves que são punidos pela lei. 

No entanto, são ainda seriamente omitidos. Muitas vezes, as vítimas sentem-se demasiado embaraçadas e envergonhadas para contar o que lhes aconteceu. 

Sentem-se muitas vezes, ou fazem-nas sentir, que o abuso ou a violação foi culpa sua. 

Assegure-se que os seus filhos sabem que: Ninguém tem, nunca, o direito de lhes tocar ou de os obrigar a fazer algo de sexual sem a sua autorização. 

Normalmente o abuso sexual confude as crianças.
Por norma ensinamos-lhes a respeitar os adultos e a fazer o que os pais e outros familiares lhes dizem para fazer.
Muitas crianças são obrigadas a prometer segredo do abuso sexual.
Pode ajudar o seu filho falando abertamente sobre o que é o abuso sexual, que tem o direito de se proteger e insistindo que toda a pessoa que seja vítima de abuso sexual deve falar com um familiar em quem confie, um amigo, um professor, alguém que seja capaz de ajudar a acabar com o abuso sexual.

                                                       NÃO TE CALES DENÚNCIA 

                                            Este é um assunto que não se esgota por aqui 


Quantas vezes acontece quando estamos a desempenhar alguma tarefa, seja ela qual for, há sempre alguém que diz " se fosse fulano fazia melhor ", esta frase põe qualquer pessoa num patamar, nem que seja psicológicamente mais abaixo. 

É horrivel para um ser humano, que está a esforçar-se o melhor que sabe e pode, com um sentido de responsabilidade no seu limite máximo, aparecer sempre, ou quase sempre alguém, fazendo comparações com supostas pessoas como sinónimo de perfeição.


Penso que quem incute no espirito dos outros de que o seu trabalho, a sua conduta, enfim a sua vida é de certa forma medíocre, porque está sempre a compará-la com uma certa miragem de perfeição, e tantas vezes com ele próprio, gabarolando-se de que se fosse ele a executar as tarefas, faria melhor, é maldoso, e é querer ver espelhado no rosto dos outros a ângustia, fazendo-os sentir menosprezados.

Parafraseando Gabriel Garcia Marquez " Aprendi que um homem só tem direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se ". 

Ninguém é perfeito, vistas de fora, muitas pessoas parecem-nos perfeitas, e muitas vezes os nossos olhos assim querem ver.


Pela maneira como se comportam, pelo que dizem e pelo que calam, pelo que mostram pelo que escondem, e até quantas vezes pela maneira como se apresentam.
E quantas pessoas não há que passam a maior parte do tempo a desejar secretamente ser como alguém, só pelo simples facto de o achar perfeito. 

Claro que todos temos de ser exigentes com nós próprios, e exigir dos outros também alguma perfeição naquilo que realizam, mas esperar que toda gente que está á nossa volta se comporte como nós, ou seja que de alguma forma igual a alguém que conhecemos como comparação, é uma atitude tremendamente errada e injusta. 

Cada pessoa está num patamar de evolução diferente, e não podemos exigir dos outros aquilo que eles não nos podem dar. Isto de ser perfeito é totalmente enganador. 

Ser totalmente perfeito é lutar a vida inteira por qualquer coisa impossivel de realizar, nunca nos iriamos contentar com a meta que conseguiriamos alcançar, quereriamos sempre mais. 

A perfeição aparente, é como o sol reflectido num espelho, ilumina mas não aquece.
É melhor irmos convivendo com a nossa imperfeição e aceitar também a dos outros, do que viver alinhando o nosso comportamento a uma suposta perfeição de alguém. 

Cada um de nós tem de fazer todos os possiveis para que o nosso trabalho seja o reflexo do nosso esforço. 

Ninguém tem a legitimidade de exigir dos outros aquilo que nunca irá conseguir ser : PERFEITO. 


Havia um homem que, graças à sua imensa riqueza e sua infinita ambição, resolveu comprar tudo que estava ao seu alcance.
Depois de encher a sua casa de roupas, móveis, automóveis, jóias, o homem resolveu comprar outras coisas.
Comprou a ética e a moral, e nesse momento foi criada a corrupção.
Comprou a solidariedade e a generosidade - e, então, a indiferença foi criada.
Comprou a justiça e suas leis - fazendo nascer na mesma hora a impunidade.
Comprou o amor e os sentimentos, e surgiu a dor e o remorso.
O homem mais poderoso do mundo comprou todos os bens materiais que queria possuir, e todos os valores que desejava dominar.
Até que um dia, já embriagado por tanto poder, resolveu comprar-se a si mesmo.

Apesar de todo o dinheiro, não conseguiu realizar o seu intento.
Então, a partir desse momento, criou-se na consciência da Terra um único bem a que nenhuma pessoa pode colocar um preço: seu próprio valor.

                       Este video é demonstrativo da degradação moral nos nossos dias 


© 2018 Site criado por António Lopes - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Webnode
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora